04/08/2020
- Elizabeth Zanon - Portal Gurgueia
Pernambucano criado no Piauí, terceiro filho de um total de 8 irmãos, sua família morou muitos anos em Riacho Frio. Desde novinho participava das Missas e de todos os Sacramentos da igreja Católica.
Em 2003 começou a participar da Pastoral da Criança, onde foi convidado a participar de curso de comunicador para a Pastora l; o curso foi em Bom Jesus-Pi e nesta ocasião recebeu o convite para ingressar no Seminário.
“No passado uma freira havia me perguntado se eu queria ser padre ou pai e eu respondi de imediato que queria ser pai. Depois, na visita ao Seminário , o Reitor ( Padre Fábio) e o seminarista Isaías ( desistiu e atualmente é casado e pai de família) me fizeram a mesma pergunta, e minha resposta foi imediata: pai!
Fui conhecendo a rotina de lazer, trabalho, estudo, Orações do Seminário e seu tempo bem organizado dentro das 24horas do dia, sem deixar os seminaristas ociosos.
No outro dia, ao acordar ( no Seminário) já vi algo diferente e o objetivo de cada um que ali estavam. A admiração foi crescendo mais e mais. Essa visita foi em agosto de 2003; eu voltei pra casa decidido a voltar no ano seguinte para fazer uma experiencia.
“No meu segundo dia de retorno em casa, minha mãe na porta da casa me observando a mexer em algo que nem me lembro agora o que era, resolvi contar que havia conhecido o seminário, aí eu disse que iria ser padre. Minha mãe surpresa, abaixou a cabeça e chorou. Fiquei a observar, até que limpou as lagrimas com as costas das mãos e saiu. Depois veio e me perguntou se era isso mesmo que eu queria", nos relatou o Pe. José Marcos.
Como na cidade que morava não tinha Padres, as Irmãs passaram a prepara-lo mais para o Seminário.
Ingressou em 2005 no Seminário junto com mais 4 rapazes da região de Parnaguá. O Seminário Menor recebia o vocacionado até mesmo sem o ensino médio e foi nele que
José Marcos cursou o Ensino Médio ( no antigo Colégio Normal), depois foram mais 3 anos de formação em Filosofia e 04 anos em formação Teológica, totalizando 10 de estudos.
“Dom Ramon (Bispo da época ) nos ajudava muito e ajudava nossas famílias também. Pensei se algo me fizer desistir é peara ajudar no sustento de minha família. Mas a cada ano Deus ia me ajudando, me dando o suporte necessário para aguentar todas as pressões externas e realizando milagres em minha vida. Muitas vezes percebi em pessoas o sinal de Deus em minha vida, que muito me ajudaram.
Sempre nas férias tínhamos os trabalhos pastorais, e eu ficava a maior parte na Paróquia de Curimatá com o Padre José Adairton, um grande Mestre que me ensinou muito com seu exemplo de vida. Uma das visões que eu tinha era que como Padre que poderia ajudar as pessoas muito mais, tanto no âmbito espiritual como no social. Ser um pai espiritual!
Um dos testemunhos que tenho na minha vida de Padre é na realização dos Sacramentos; no da Unção dos Enfermos por exemplo, muitas pessoas pareciam estar esperando esse momento e eram gratas por sermos instrumentos de Deus, e isso é muito gratificante: sentir-se um Instrumento de Deus!”, destacou emocionado o Padre.
Padre José Marcos hoje vive numa paroquia simples mas de muita fé. As comunidades distantes, onde seu carro pequeno não vai, realiza o percurso de moto, e a cada ída, o retorno é mais gratificante ainda, pois volta revigorado por ter sido mais uma vez o Instrumento de Deus para aquelas pessoas tão necessitadas de tudo.
“Quando mais abençoamos, mais somos abençoados, quanto mais nos doamos ao próximo, mais acalantados somos, tudo volta p gente multiplicado.
A educação e a formação de minha criação me fez aceitar esse chamado, e os anseios de nosso povo em meio a Igreja também foi o caminho que encontrei o desejo de servir a Deus. E a cada dia digo sim a esse chamado. Uma vida crista e diferente, é iluminado, algo que me falta palavras p explicar”.
FONTE: Por ELIZABETH ZANON - PORTAL GURGUÉIA