“Temos aqui senão cinco pães e dois peixes” (Mt 14, 13-21)

Parece ser tão pouco, Senhor! Mas não, já conhecemos o sábio ditado popular: “com Deus, o nosso pouco é muito!” 

Neste sentido, Jesus nos convida a confiar, pois de fato, nada nos poderá separar do seu amor, nem a fome, nem a nudez, nem coisa alguma (Rm 8, 35-39). Ele nos chama a ouvir e a comer, gratuitamente (Cf. Is 55, 1-3), e nos ensina o que é preciso para sentar-se à mesa do seu Reino, pois deseja que aprendamos, com Ele, o milagre do conviver, nutrir-se, alegrar-se e, por fim, sentir-se saciados (Mt 14, 13-21).

Nas Sagradas Escrituras tudo é muito simbólico e os discípulos de Jesus o sabiam, principalmente quanto ao número sete: cinco pães e dois peixes referiam-se, aos cinco primeiros livros da Torá mais a Lei e os Profetas. Eles, portanto, tinham, praticamente, tudo! E, agora, com a bênção e ação de graças que faz Jesus, sobre aquilo que apresentaram, confirma-se e dá-se sentido ao gesto que irão fazer, de distribuir, anunciar e ver o pão multiplicar-se.
“Não precisam ir embora; dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14, 16)

A liturgia deste Domingo é um explícito convite à mesa do pão da Palavra e da Eucaristia. Jesus realizou um grande sinal, visível, para que, no futuro, enxergássemos e crêssemos no sinal invisível, naquilo que viria acontecer no interior dos corações, pelo poder de sua palavra que quebra todo egoísmo e tem poder de traduzir-se em gestos fraternos de comunhão e caridade.

Rezemos ao Pai: Senhor, Pai Santo! Dai-me sempre do vosso pão, material e espiritual! Fortalecei-me nos combates diários; ajudai-me a ter um coração capaz de amar, compadecer e partilhar; concedei-me sempre confiar em vós, saber esperar, e, sobretudo, ter a certeza de que nada, nada poderá nos separar! Amém!

Nossa Senhora das Mercês, rogai por nós!
Um bom Domingo, cheio da presença de Deus!
Dom Marcos Antonio Tavoni – Bom Jesus-PI